Cálculo da Tensão Geostática
Na 1a etapa de cálculo, o programa GEO5 MEF permite definir a tensão geostática inicial, através da realização de uma análise de elementos finitos padrão para uma dada estrutura, ou através da utilização ao procedimento Ko.
A primeira opção permite considerar um modelo constitutivo arbitrário. Ao adotar um modelo não linear, a análise pode considerar uma evolução potencial de superfícies de cedência logo a partir da 1a etapa de cálculo. Isto será manifestado pela evolução de deformações plásticas. Caso a resposta do solo seja elástica, o rácio entre as componentes de tensão vertical σz e horizontal σx é dado por:
onde ν é o coeficiente de Poisson.
O procedimento Ko é tipicamente adotado quando é necessário atingir um rácio específico entre as componentes de tensão vertical e horizonta. Por exemplo, no caso dos solos sobreconsolidados, a tensão horizontal atual pode atingir valores muito superiores aos obtidos para solos normalmente consolidados. Esta opção também pode ser útil ao adotar um modelo material não linear que implique definir a pressão de pré-consolidação. Enquanto a análise é elástica, as tensões resultantes podem infringir a condição de cedência na 2a etapa de cálculo, quando os modelos materiais não lineares tipo o de Mohr-Coulomb forem utilizados. É, então, realizado um processo iterativo de equilíbrio, mesmo que não se verifiquem alterações nesta etapa. Os parâmetros iniciam as tensões iniciais para esta opção são definidos ao selecionar os Modelos Materiais na Análise de Tensão. Pode encontrar mais detalhes aqui.